quinta-feira, 11 de junho de 2015

Comando protocolou pauta local de greve na terça-feira


O Comando de Greve protocolou na terça-feira, dia 9, a pauta local de greve na Reitoria. Os pontos deverão ser objeto de discussão com a Reitoria nas próximas semanas, sendo que alguns pontos são bastante precisos e outros ainda precisam ser melhor detalhados em trabalhos que se iniciarão na próxima semana, em três Grupos de Trabalho específicos – de diagnóstico e debate sobre melhorias na política de gestão de pessoas, de ampliação de elementos relativos ao projeto de integração latino-americana da UNILA e de Adicional de Fronteira.



Ao mesmo tempo, foi solicitada reunião aberta com a Reitoria para esta sexta-feira pela tarde, mas o Reitor, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, disse encontrar dificuldades para a data devido a questões de agenda. De todo modo, encaminhamentos a respeito da reunião plenária deverão acontecer na Assembleia de sexta-feira pela manhã.


Uma cópia foi deixada também com o vice-reitor, professor Nielsen de Paula Pires, que manteve diálogo com membros do Comando de Greve. Confira o documento protocolado abaixo.



Pauta da Assembleia de 12/06/15

O comando de greve convoca a todos/as para assembleia de greve

Data: 12/06/2015 (Sexta-feira).
Local: Auditório da Uniamérica (prédio administrativo).
Horário: 08h30.   

Com a seguinte pauta: 
  1. Informes.
    - Assembleia de Quarta-feira (17/06). Convocação dos/as conselheiros/as.
    - Avaliação da greve.
    - Assembleia Adunila 12/06, às 14h. (Participação nossa para informe da greve dos TAEs)
    - Atividades discentes:
              Mesa Reforma Universitária e Paridade (16/06). 
              Atividade de Análise de Conjuntura e mobilização (19/06).
    - Atividade de greve em Medianeira (16/06). 
  2. Grupo de Trabalho para redigir minuta relacionada ao adicional de fronteira. 
  3. Discussão sobre a moção de apoio à greve no CONSUN. 
  4. Plenária de negociação com a reitoria (nesta terça foi protocolado o ofício em anexo com a pauta local) 
  5. Aprovação da agenda de atividade para a próxima semana. 
  6. O que vier.

    Relembrando que o comando de greve também está utilizando o blog e a página do facebook para comunicação:
    - http://greveunila2015.blogspot.com.br/
    https://www.facebook.com/pages/Greve-UNILA/694262544018665 

    Contamos com a presença de todos/as!

    Comando de Greve.

Balanço da greve será apresentado em assembleia


Exatos 15 dias depois do início da greve, técnico-administrativos da UNILA se reúnem nesta sexta-feira, 12, para avaliar as atividades e traçar novos rumos da paralisação. A assembleia ordinária será no auditório da unidade do Jardim Universitário (Uniamérica), a partir das 8h30.

Um dos principais pontos da pauta será a discussão sobre a convocação dos representantes da categoria no Conselho Universitário, para que participem de um encontro com os TAEs na próxima semana. Como já vem sendo debatido amplamente desde o início da mobilização, o modelo paritário do Consun, com representação em igual percentual por parte de discentes, docentes e técnico-administrativos, vem sendo colocado em xeque. Preocupados como este contexto, que coloca em risco o próprio projeto original da universidade, os técnicos querem garantir que os seus representantes no Consun tomem decisões de acordo com o que deseja a categoria. Por isso, a convocação.

Tema dos mais relevantes, a paridade tem mobilizado não apenas os TAEs, mas toda a comunidade unilera. No caso dos discentes, o assunto será debatido na mesa-redonda Reforma Universitária e Paridade, prevista para o dia 16, e Análise de Conjuntura e mobilização, que acontece em 19 de junho, data em que ocorre a próxima reunião ordinária do Conselho Universitário. Para garantir a amplitude dos debates, os discentes convidaram os técnicos a compor a mesa e participar das discussões. A aceitação deste convite e a escolha do representante que comporá a mesa também ocorrem na assembleia desta sexta. Outra apreciação que deverá ser feita pelo conjunto é a participação de um representante dos TAEs na assembleia da Adunila, órgão representativo dos docentes.

 

Greve

Em relação à greve, a assembleia de sexta-feira terá como fim atualizar a categoria sobre os avanços conquistados desde o dia 29. Entre eles, está a entrega formal, à Reitoria, do documento com a pauta local de reivindicações, que aconteceu na terça-feira, 9. O ato de entrega foi feito pelo Comando de Greve ao vice-reitor, Nielsen de Paula Pires. Ao final do encontro, surgiu a intenção de

manter uma Plenária com  a participação da Reitoria, para a discussão da pauta local. A organização dessa Plenária será colocada em votação também nesta sexta-feira.

À lista de itens da assembleia deste dia 12 consta ainda discutir sobre a criação de um grupo de trabalho para redigir uma minuta relacionada ao adicional de fronteira; avaliar a moção de apoio à greve no Consun, enviada por um dos conselheiros, e a aprovação das atividades que serão desenvolvidas na próxima semana.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Agenda de quinta-feira, 11/6




O Comando de Greve UNILA 2015 convida os técnico-administrativos para as atividades conjuntas na região, que acontecem nesta quinta-feira, 11. Os interessados devem enviar e-mail para sindiunila@unila.edu.br, informando o nome completo, RG, CPF, banco/agência/conta corrente (pois terá uma ajuda de custo do Sinditest) e celular.
Os ônibus sairão da UNILA-Centro às 7h30 e passarão pela UNILA-Vila A próximo das 7h45.

Programação:


9 horas – UTFPR Campus de Santa Helena: reunião da Categoria, com debate sobre a greve e 30h.
14 horas – UTFPR Campus de Toledo: assembleia do Comando de Greve local, seguida de ato nas ruas da cidade.

* Haverá espaço para informes da UNILA na reunião e assembleia.
* O Sinditest tentará fazer uma reunião em Toledo para montar o Comando de Greve Regional.

Serão oferecidos transporte e alimentação sem custo aos participantes

 Almoço em Santa Helena ou em Toledo (decidiremos logo após as atividade de Santa Helena)
– Retorno previsto para as 18h.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Agenda terça-feira, dia 09

Atenção: muitos receberam por email as informações, mas o Comando de Greve gostaria de repassar a todos interessados a agenda desta terça-feira, dia 9.

Manha - VILA A

Reunião de trabalho amanha, terça-feira (09/06), 08h30 na VILA A (na PROEX - sala 12) com a seguinte Pauta: 
1. Carta com as pautas locais para a Reitoria(protocolar) [8h30 - 9h30];
2. Respostas da comissão de ética [9h30 - 10h30];
3. Organizar a pauta do Comando de greve a tarde [10h30 - 11h30];

Tarde - UNILA CENTRO

Reunião do Comando de greve terça (09/06) a tarde na Unila Centro - sala extra:

1. Convocar Assembleia sexta de manha na UniAmérica (convocar por email e reservar sala);

2. Organizar agenda de greve da semana seguinte para apresentar na assembleia de sexta;

3. Reunião GTs Gestão de Pessoas / Projeto Político Pedagógico Unila;

4.  Mapeamento dos setores/servidores em greve;

domingo, 7 de junho de 2015

Em xeque, paridade conquistada na UNILA representa o sonho de uma universidade mais democrática

Divulgação UNILA


A defesa do "projeto original da UNILA" vem sendo feita, desde o início, por um Conselho Superior Universitário praticamente paritário (com representação de categoria em igual número, ou quase igual, por parte de discentes, docentes e técnicos-administrativos). Já foi pro tempore, mas é legítimo há exatos dois anos! O Conselho é a principal arena decisória da Universidade, portanto, espaço natural de disputas, que impactam a comunidade universitária e comunidade externa. O controle deste espaço por parte de uma categoria ou grupo de poder (qualquer que seja este) impede a participação ampla e a democracia universitária.

Para retirar dúvidas acerca da "legalidade" da paridade e analisar o parecer do Procurador Geral da UNILA acerca do tema, o advogado do Sinditest, Ramon Bentivenha, esteve na Universidade na última semana. "A paridade, conquistada aqui na UNILA, é pauta nacional da Fasubra, desde 1987, e da Andes (Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior). É importante, pois permite a democracia dentro da Universidade, exigindo que técnicos e acadêmicos sejam tratados como iguais. A Fasubra não irá medir esforços para acionar o Supremo Tribunal Federal para questionar e defender esta questão da paridade da UNILA", disse Ramon.


O debate na Universidade opõe:

1) aqueles que defendem uma democracia relativa, baseando-se na legalidade da LDB, na não autonomia da Universidade e na relativização da Constituição;

2) aqueles que defendem uma democracia mais ampla, baseando-se na autonomia universitária, na força da Constituição, de 1988, e na relativização e superação da LDB (lei 9394, de 1996, que guarda resquícios da ditadura, produzida em um momento de sucateamento da educação superior, na década de 90).

"Questionada sobre a questão da paridade, a Procuradoria da Universidade fez um parecer relativamente pequeno (pareceres sobre matéria tão densa quanto esta, em regra, deveriam ter entre 20 e 30 páginas). Não estou dizendo que é necessário escrever muito para escrever bem, mas oito páginas me parece bem sucinto", iniciou Ramon. "O argumento central gira em torno de dois pontos: o artigo 207 da Constituição Federal e o artigo 56 da LDB. Ele só analisa esses dois artigos. Com todo o respeito do mundo, mas me parece uma análise muito inicial sobre o assunto. Ninguém consegue analisar a Constituição inteira a partir de um artigo", continua.

Constituição
A Constituição é importante de ser observada, pois está acima da LDB. Se a LDB não a observa, quem tem problemas de legalidade seria esta lei, inclusive. 

Artigo 207: "As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão".

"Olha a conclusão que o Procurador chega: o artigo 207 diz que tem autonomia universitária, mas que não é plena. De onde ele desprende que o artigo 207 da Constituição diz que a autonomia da universidade não é plena? Aliás, se autonomia não é plena, nem seria autonomia", disse. "Mandei para alguns constitucionalistas e nenhum concordou com a argumentação do procurador. O parecer só apresenta uma parte do problema. Não fala do princípio de isonomia, de igualdade de tratamento entre partes, um importante princípio trazido pela Constituição, por exemplo", coloca.

Sobre implicações legais
O jurista descarta qualquer travamento do Conselho Superior ou da vida universitária caso seja ajuizada ação contra o Conselho e contra a Universidade. "Uma resolução contra a paridade, se ajuizada na Justiça Federal, vai demorar de 10 a 15 anos para ser apreciada integralmente. Por isso, pouco provável que se suspenda as decisões de um Conselho, objetivando travar a administração", pontua.

A solução para o impasse, para Ramon, é questionar a questão diretamente no Supremo, via proposição de Ação Declaratória de Constitucionalidade. O objetivo é que o Supremo reconheça o Conselho e o Regimento Geral da UNILA como constitucionais, por não afrontarem qualquer princípio ou regra estabelecida em Constituição. "Estou tentando articular isso com a Fasubra, para ingressar com a ação. Por isso, não dá para andar para trás agora. A Universidade pode escolher entre dois caminhos: se acreditar na paridade mesmo, deve ser parceira na proposição da ação. Se não, Fasubra e Universidade poderão atuar em lados opostos nesta luta. É uma escolha. Mas a decisão final é do Supremo", avisou.

A solução que vem sendo ventilada pela reitoria seria a composição de um Conselho Social, que seria meramente consultivo, sem poder de vinculação, e sem democratizar as decisões na Universidade. "Na Constituição temos o Conselho dos ex-presidentes da República, por exemplo, apenas para ver o poder e atribuições de uma estrutura como esta. Quem conhece este conselho, quem faz parte, quantas vezes se reúne, para que serve?", pergunta.



Democratização das IFES
Paridade remete a par, à questão de igualdade. No caso da Universidade, remete a dizer que seja reconhecido que professor é igual a tecnico-administrativo, que é igual a discente nesta comunidade, claro, não quanto a papéis. "Se você conseguir uma universidade sem técnico ou sem aluno você vai conseguir comprovar que eles não são pares", disse. "Em caso contrário, são pares", sinalizou Ramon.

Quem compõe a Universidade sabe que trata-se de um tripé que a mantém em funcionamento. Na UNILA, se o corpo técnico-administrativo não fosse importante aos trabalhos, não teríamos um número de técnicos praticamente duas vezes superior ao número de docentes. Isto apresenta, em si, a necessidade e importância dos agentes técnicos na construção da Universidade e do processo pedagógico como um todo.