Representantes do Comando de Greve (aproximadamente 15
pessoas) e a Reitoria, representada pelo vice-reitor, professor Nielsen de
Paula Pires, e pelo procurador-geral, Egon Suek, estiveram reunidos na quinta-feira
(18) durante aproximadamente 3 horas, tratando de todos os pontos da pauta
local e nacional. O Comando de Greve contou com o apoio do advogado do
Sinditest, Ramon Bentivenha.
Ao longo deste domingo, serão postadas quatro matérias a respeito
da reunião, procurando dar toda transparência ao processo e a negociação. Esta transparência será feita, inclusive, expondo falas transcritas do encontro, permitindo a interpretação de cada um aos fatos.
1. Pauta Nacional
2. Pauta Local - a questão das 30h
3. Pauta Local - a questão da paridade e das eleições para reitor
4. Pauta Local - a questão de infraestrutura, liberação sindical e dos Grupos de Trabalho
1.
Pauta Nacional
O vice-reitor deu início à reunião com a leitura de ofício do Ministério da Educação
de 22 de maio deste ano, enviado aos reitores, em que o MEC se posiciona de modo
a tentar acatar parte da lista requerida pela Fasubra (entidade nacional que
representa o Sinditest). Dos pontos lidos pelo vice-reitor, não foi identificado
aquele referente ao reajuste salarial, mas o ofício é anterior à deflagração da
greve dos TAEs, que aconteceu em 29 de maio. O advogado do Sinditest, depois da
leitura, comentou que em despacho recente do STJ, a greve foi considerada legal
e foi exigido que MEC, Ministério do Planejamento e Fasubra iniciem negociação.
O prazo termina esta semana, quando deverá surgir alguma proposta de reajuste salarial.
São os pontos lidos pelo vice-reitor:
Resposta às demandas apresentadas
1.
Extensão do artigo 30, da lei 12.772 (que trata
de afastamento para realização dos estudos de pós-graduação aos TAEs). Acatada e está sendo elaborada minuta.
Obs.: Neste sentido, os TAEs podem pedir afastamento independente do tempo em serviço.
2.
Aproveitamento de disciplinas da pós para
incentivo à capacitação. Acatada e
está sendo elaborada minuta para devidos encaminhamentos.
3.
Solicitação de revisão da Lei 11.091, reabertura
de prazo para adesão ao PCCTAE. Acatada
e está sendo elaborada minuta.
4.
Solicitação de reconhecimento de mestrado e
doutorado fora do país. Demanda acatada,
sendo aplicada aos TAEs as mesmas condições e regras vigentes aos docentes, de
acordo com as normas da CAPES.
5.
Solicitação de liberação para dirigentes em
mandato classista. Acatada nos
termos da legislação vigente.
6.
Solicitação de resolutividade de Grupos de Trabalho
Racionalização de cargos. Demanda acatada
parcialmente e se providenciou
minuta de Projeto de Lei para devidos encaminhamentos. Visando modificação da
lei 11.091 nos pontos em consenso e manutenção do diálogo para revisão dos
demais pontos.
7.
Adicional de Insalubridade, conforme orientação
normativa n. 6. Acatada e foi
solicitada ao MPOG para providências.
8.
Não perseguição e criminalização da luta. Acatada. Foi enviado documento às
universidades para manifestação. Sindicato local deve identificar se recebeu
tal documento, podendo realizar contribuições. Ficou especificado que universidades
devem ser criteriosas e rigorosas quanto às provas materiais em PADs. Em andamento.
9.
Democratização das IFES. Demanda depende da
legislação vigente, que trata das escolhas de dirigentes das instituições
federais. Governo federal tem garantido desde 2003 a nomeação dos primeiros
colocados nas listas tríplices, em respeito à gestão democrática. “Isso aqui
ainda não aconteceu, mas vai acontecer”, disse.
10.
Contagem especial de tempo para aposentadoria. Necessária
reavaliação pelo MPOG. É competência do
MPOG.
11.
Data base. Tratativas
com MPOG.
12.
Flexibilização da jornada de trabalho. Decreto
1590, 95. Alterado pelo Decreto 4836, 2003. Facultando ao dirigente do órgão
autorizar o cumprimento da carga horária diária de 6 horas nas condições
estabelecidas em decreto, quando os serviços exigirem atividades contínuas, em
regimes de turnos ou escalas. Em período igual ou superior a 12 horas
ininterruptas em função de atendimento ao público ou trabalho no período
noturno. Orientação que dirigente siga a
legislação vigente considerando características especificas.
13.
Creches. Orientação de que oferta de educação
infantil deve ser tratada no âmbito da política municipal. Mas um espaço
especifico pode ser criado ou promovido pela instituição. Não houve impedimentos de que esta questão seja trabalhada na pauta
local.
14.
Manutenção da posição hierárquica quando do
reingresso em novo cargo de carreira. Não
acatada nesses termos.
15.
Solicitação de reposicionamento dos aposentados. Não acatada.
16.
Solicitação de reconhecimento de certificados de
capacitação que os aposentados já possuíam. Não acatada.
MEC se colocou à disposição para tentar atender a outras demandas que
vem sendo apresentadas. Ainda, citou posição da Andifes (Associação de Dirigentes
de IFEs) em manter negociação com categorias, dando celeridade à greve.
O advogado do Sinditest lembrou que, por vezes, as propostas
são acatadas mas ficam apenas no diálogo, sem propostas concretas, sendo necessário
acompanhar de perto todos esses processos.
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